Índice de Confiança do Agronegócio: 100,3 pontos,
alta de 1,2 ponto
Os ânimos estão em recuperação
Produtores e indústrias ligados à agropecuária brasileira terminaram 2017 quase tão confiantes quanto começaram. O Índice de Confiança do Agronegócio fechou o quarto trimestre de 2017 em 100,3 pontos, praticamente no mesmo patamar do início do ano. De acordo com a metodologia do estudo, resultados acima de 100 pontos correspondem a otimismo. Pontuações abaixo disso demonstram baixo grau de confiança.
O indicador sinaliza uma recuperação dos ânimos, que haviam esfriado ao longo do ano. Isso ocorreu mais destacadamente entre os produtores agrícolas e os fabricantes de insumos. O nível de desconfiança permaneceu maior entre pecuaristas. Boa parte da indústria também manteve um grau de otimismo moderado.
Índice de Confiança da Indústria (Antes e Depois da Porteira): 99,3 pontos, queda de 4 pontos
À primeira vista pode parecer que há um esfriamento de ânimos na confiança da indústria: o índice do setor caiu 4 pontos em relação ao trimestre anterior, fechando em 99,3 pontos. A queda, porém, não foi generalizada e se concentrou em segmentos específicos da Indústria Depois da Porteira.
Indústria Antes da Porteira (Insumos Agropecuários): 105,2 pontos, alta de 0,4 ponto
O nível de confiança dos fabricantes de insumos agropecuários se manteve praticamente estável, fechando em 105,2 pontos, uma alta de 0,4 ponto sobre o terceiro trimestre de 2017. Os resultados do indicador refletem em boa parte o que aconteceu ao longo do ano. No segundo trimestre, os produtores foram mais reticentes em avançar com as negociações de fertilizantes e defensivos, num momento em que os preços das principais commodities agrícolas, como a soja e o milho, estavam em baixa. Do terceiro trimestre em diante, porém, a comercialização de insumos se normalizou, diante de uma recuperação gradual nos preços e um clima favorável ao desenvolvimento da safra de verão
Indústria Depois da Porteira: 96,8 pontos, queda de 5,9 pontos
Dentre os segmentos pesquisados, a Indústria Depois da Porteira foi o que mais perdeu confiança no atual levantamento. A queda foi de 5,9 pontos, fechando o ano em 96,8 pontos. Mas é preciso destacar que a maioria dos setores que compõem esse grupo – como os de alimentos e sucroenergético – apresentou maior confiança em relação ao trimestre anterior. O esfriamento dos ânimos concentra-se muito fortemente entre as empresas de trading e logística, atividades nas quais as margens de lucro mantiveram-se bastante pressionadas nos últimos tempos.
Índice do Produtor Agropecuário: 101,8 pontos, alta de 8,6 pontos
O Índice de Confiança do Produtor Agropecuário encerrou 2017 em alta. O quarto trimestre foi o único período do ano em que o indicador ficou na faixa considerada otimista: 101,8 pontos, alta de 8,6 pontos em relação ao trimestre anterior. Há mais entusiasmo entre os produtores agrícolas do que entre os pecuaristas.
Índice do Produtor Agrícola: 104 pontos, alta de 11,1 pontos
O Índice de Confiança do Produtor Agrícola foi o que mais subiu dentre os segmentos pesquisados. A alta foi de 11,1 pontos em relação ao terceiro trimestre, chegando a 104 pontos. A recuperação dos preços de commodities como soja e milho nos últimos três meses de 2017 ajudam a explicar um pouco o aumento no otimismo. Outro destaque é o humor dos produtores com o crédito agrícola, que está num dos melhores níveis da série histórica. Um ponto negativo que merece atenção, porém, é o sentimento em relação aos custos de produção, uma área no qual o pessimismo está aumentando nos últimos dois levantamentos. Os estoques de produtos nas mãos de fabricantes e revendas estão caindo gradativamente, abrindo espaço para que essas empresas busquem a recomposição de suas margens.
Índice do Produtor Pecuário: 95,1 pontos, alta de 0,9 ponto
Os pecuaristas mantiveram a confiança praticamente estável em relação ao 3º trimestre do ano. O indicador desse grupo subiu 0,9 ponto, fechando o ano em 95,1 pontos. A falta de ânimo em relação aos custos de produção pesou para manter o indicador num patamar baixo – o que era de se esperar diante do aumento nos preços de insumos importantes, como é o caso do milho, ao longo do segundo semestre de 2017. Outro aspecto no qual houve perda de confiança foram os preços – nesse caso, a queda foi mais acentuada entre os produtores de leite do que entre os pecuaristas de corte.
A seguir, são apresentados os resultados em cada elo da cadeia produtiva. Os destaques podem ser encontrados através do download.
Abaixo de 100 indica pessimismo. Acima de 100 indica otimismo.
** Variação (em pontos) em relação ao trimestre anterior.
Índice da Indústria
(Antes e Depois da Porteira)
99,3
Abaixo de 100 indica pessimismo. Acima de 100 indica otimismo.
** Variação (em pontos) em relação ao trimestre anterior.
Produtor Agropecuário
101,8
Abaixo de 100 indica pessimismo. Acima de 100 indica otimismo.
** Variação (em pontos) em relação ao trimestre anterior.